sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pormenorização II

Ainda parece tortuoso para mim e meus botões ter inspiração para escrever linhas apenas quando estou triste, pois além de pensamentos ruins só resultarem em feiúras, parece aos que lêem mais apelo do que poesia.
Raiva, rancor, paixão e ganância, nada muda mais o mais forte dos homens do que o medo, e qualquer tipo deste, sempre leva ao mesmo caminho – não destino – o medo de terminar os dias, ou ficar em algum momento no tempo, sozinho. Já diziam personagens cômicos se não trágicos “Quando o mundo vira as costas pra você, você vira as costas para o mundo”, e já que a vingança não pode ser chamada de acerto de contas, sempre há algo a se perder e isso sim, parece a mim ter junções quase gramaticais: motivação, luta, persistência (quase teimosia).
Há muitos caminhos para o qual eu poderia saltar, e confiar meu futuro, e todo o meu passado padecido agora mesmo, e deixar de ser a pobre coitada que pendura placas* por todo o quarto para ter motivos (ou justificativa, não sei) para levantar bem disposta todo dia, de dia. Mas quando eu passei a amar e ser amada, parou de ser só minha vida, somente meu caminho, apenas meu futuro, e o egoísmo não adianta o alcance, e vitória de ninguém, só atrasa, pois já se diz quase em dado científico que aqui se faz, e aqui mesmo se paga. E falar nisso, enfim, é a justiça que me fará feliz.
Aí em breve estarei encerrando esse blog pessimista que vos fala involuntário.

*em letras bem grandes e nítidas na parede a minha fronte: ‘você vai alcançar o sucesso absoluto hoje, de hoje não passa! Daí, todos os que te viraram as costas vão precisar de sua compaixão para conseguir dormir em paz, torcendo bem forte para voltar no tempo, enquanto eu não vou querer esse tipo de ser em minha vida. O anterior chama-se arrependimento, mas é a justiça que te fará feliz’.