quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Decepção é um prato que se come frio e malacafento.

Estou em uma fase de minha vida, em que tenho que sorrir para não chorar, enquanto pareço sofrer milhões de atentados consecutivos contra minha confiança, e abocanho sapos a todo lance.
Mas tenho que passar por isso, tenho que chorar baldes se preciso, e o que tiver que lamentar tem que ser agora, tenho esse direito, e se não, como me faria mais forte mais tarde? É! Não dá mais pra pensar com o coração. Que coração, que nada!
É frio, e covarde dizer que os sentimentos são atinados pelo cérebro, por que a gente cresceu acreditando que era o coração que controlava todas as emoções. E isso muda mais do que deveria. E acho que depois que a gente aprende sistema nervoso, é que a gente cresce. E crescer dói demais.
23/09/09

nota: caso seja de alguém, o interesse.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009







“A felicidade é a única coisa que não precisa de causa, razão, ou
circunstância. E acontece. E não é tão difícil. É uma das coisas mais instantâneas do universo, mas é felicidade, não importando de qual ângulo vista.



Frase dedicada ao meu amigo, Leonardo Lupatini, por que graças a ele, aprendo um pouco mais sobre a felicidade, a cada dia, e instante. (:

sábado, 19 de setembro de 2009

Crises de identidade, ou segunda via de caráter.

Em teoria e para falar bonito, existem dois caminhos, duas escolhas, dois lugares, dois futuros, na vida de todo mundo. Mas há três orbes na verdade. Uma vez que somos quem queremos ser para as pessoas que amamos, quem queremos parecer para nós mesmos, e quem somos independente de nossa vontade. E não sei se isso é errado, mas tenho certeza que é humano.
Porém, deve-se saber quando estamos deixando que uma personagem torne-se mais parte de nós do que o nosso sistema permite, e nosso corpo agüenta. Assim, quando lutamos para nos convencer de que somos melhores do que sabemos ser em algo, ao invés de lutar para torná-lo fato, é hora de parar e deixar que a máscara caia, nos purificando de todo erro e injustiça cometidos com o bem mais precioso que por Deus nos foi dado e que o homem jamais vai arquitetar: nossa existência.
Tem-se muito confundido personalidade (s.f. 1. conjunto de traços morais distintivos de uma pessoa; 2. qualidade essencial de uma pessoa; originalidade de caráter) com estilo. E ao analisar (e não julgar) uma pessoa, deve-se criar uma tabela imaginária instantânea subdividindo o que a pessoa é, e o que essa quer que pensem a seu respeito. Sua personalidade – apesar de parecer uma palavra vulgarizada – não é o que você veste, e seu estilo não é o que você pensa; sua personalidade não é seu gosto musical, e seu estilo não é o que você pratica com e por você, ou outros; sua personalidade não é o que você faz com o seu corpo, não são as drogas, nem as automutilações, e seu estilo não é o que você critica; sua personalidade não é o que você come, ou do que você ri, e seu estilo não é a caridade que você faz para mostrar para você mesmo, e mais ninguém.
E não querendo fugir muito do assunto, ainda no mesmo intento é válido – e útil – refletir em coisas como: por que uma profissão que orgulha sua família, é sempre e apenas, a que vai te dar rios de dinheiro? Quantas vezes a consciência tem sido confundida com medo da descoberta em sua vida? E você ao mesmo tempo em que reclama de pagar os malditos impostos, tem tratado o sistema publico, e os feitos governamentais como lixo nacional? Esses dias pensou dessa maneira “olha para mim, não me compare!”? E não se envergonha mais por tratar a tristeza dos outros como se fossem menos importantes que as suas? Você magoa uma pessoa pela outra, e não se importa com o momento, se sentindo injustiçado, e justo, ao invés de egoísta? Você deixa implícito a todo o tempo, o quanto sua vida é um rodízio de pessoas? Acha fazer amor por prazer mais nobre do que trair por desejo? Julga mais por estilo do que por personalidade, uma vez que não deveria fazê-lo por razão nenhuma aceitável? Riu-se em algum tópico desse alvitre burlesco?
A questão é, sua primeira reação ao lê-lo foi dizer “não faço isso!” por livre e espontâneo, enquanto duvidava envergonhado? Não se envergonhe, se isso não for mudar sua vida.
Além do mais, crises de identidade, não são engraçadas e podem magoar as pessoas, em especial, as que te amam pelo o que você é. Se sentir em dúvida sobre isso, é como perder os calções na praia, e nem é preciso dizer que isso furtaria todo seu brasão e sua honra, dignidade, além de poder marcar sua vida para sempre, e te tirar as únicas coisas que jamais terá de volta. E se quer chegar a uma noção mais frígida e ampla sobre essa crise deve-se lembrar dos seguintes sinônimos: exclusividade, consciência, personalidade, naturalidade, pensamento singular, impressão digital.
Não é sobre quem é, ou quem se deve ser, é sobre a felicidade justa e conquistada com retidão, e eu tinha que chegar nela, não é?
Assim como o estilo, a personalidade é única apesar de não dever mudar muito. E a palavra de origem do latim, persona apesar de significar ‘máscara’, também faz referencia à celebridade, mas quando essa não está interpretando. Querer ser um humano melhor a cada dia te faz diferente, e sempre à frente, por que no fim, as escolhas resumem-se na patética e mais famosa teoria de Sócrates; e esta, eis aqui* e agora.

*Enfim, contra possíveis crises de identidade futuras, não se análise, se conheça desde o dia em que nasceu, ou de for o caso, desde a hora em que mudou. Sendo certo ou errado, a tempo ou tarde.