segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma palha na montanha de agulhas.

No clímax de um tédio infeliz e incerto, criei mais dez tópicos utópicos para tornar a felicidade eterna, ou apenas possível.
Já que estamos sempre insatisfeitos por ter poucas posses, ou por dinheiro não comprar a felicidade, apostaria no mundo do sal salário, e no sistema antigo de trocas, e tudo teria tanto valor que nos surpreenderia de tanta inocência.
Falando de posses, o homem pode pelejar para modificar a natureza, mas nunca conseguirá mudá-la, pois é parte dela, e assim como nada pode vir de outra fonte – senão da própria – toda criação do homem, a ela pertence. Assim, o Deus do nosso mundo devia apagar da mente do homem, essa idéia de vender água, comprar terra, empacotar o ar ou prender o fogo, e tudo teria tão maior valor...
Não deveria haver governo, governante sequer, ou status, assim cada um teria valor pelo que é, nem que fosse pela simpatia do nome ou pela razão de seus sorrisos, e todo mundo saberia realmente o significado e importância de beleza interior, enfim, sem se confundir.
Não deveriam haver igrejas, tampouco vários tipos delas, para que qualquer lugar fosse lugar de juntar as mãos, se ajoelhar e conversar com o céu, já que toda criação do mundo vem de lá, talvez assim, todo lugar fosse respeitado e não houvesse hipocrisia, e aí sim, só haveriam razões para agradecer.
Idolatria não era para ser uma palavra inventada, por que as pessoas adoram tanto a outras que não têm mais tempo de procurar o próprio talento. Cada um deve ser fã de si, com amor, para aprender a entender mais as próprias razões, e respeitar mais a própria vida.
No meu mundo dos sonhos não existiriam divisas imaginárias no planeta, essas que o homem faz (e constantemente modifica) quando resolve brincar de Deus. Não fosse pela ambição do homem de chegar aos céus – aliás – haveria uma só língua, e a palavra ‘língua’ teria um só significado. Pense quantas pessoas deixaram de se conhecer, e quantas declarações não houveram, e quantos amores deixaram de existir, pelo fato de cada lugar ter um nome e um limite. Talvez tantas guerras evitadas. Tudo por que isso separa tanto o homem... Quem não mora na mesma casa, não é mais irmão? Se não fossem essas linhas malditas, poupar-se-ia o trabalho de lutar por patriotismo, e aí sim amaríamos ao próximo não importasse quão longe ele vivesse: todo mundo dando bom dia a todo o mundo como uma grande vizinhança.
Se não existissem tantas coisas ruins, iriam sobrar nomes diferentes para dar nomes às coisas boas que começariam a existir. Imagine uma nova espécie de flor que existiria em um lugar que viraria um enorme edifício, chamada guerra. Ou um pássaro que nasceu de um cruzamento que existiria não fosse a extinção, chamado arma de fogo. Aí todas as palavras seriam bonitas como música. E nenhuma causaria medo ou angústia. E aí sim, quem sabe, a primeira paz mundial nunca seria a última.
Toda tecnologia funcionaria exclusivamente para facilitar a vida, mas a vida feliz. Sem diferenças, visíveis ou mascaradas. Mas não é sorrir não, é rir mesmo com toda a vontade como uma fábrica de risos, ou uma máquina de cócegas.
E o que dizem por aí “viver cada minuto intensamente” não deveria fazer referencia a aproveitar ao máximo ou se acabar em sua forma humana, sim viver cada minuto sabendo o que é ser feliz e vivê-lo assim, nessa plenitude. Aproveitar um tubo de pasta de dentes é acabar com ele até a última gota, mas aproveitar o nosso tempo é encontrar equilíbrio em cada sorriso escachado, singelo ou amarelo. E seria assim que talvez não houvesse mais necessidade de redenção ou pretexto para um inferno.
Não deveria haver violências contra nenhum ser, para que não existissem musicas reclamando da realidade, pois que eu reclamo que não pode haver arte que descreve a vida, se não arte não seria, ora! Mas a vida deve tanto imitar a arte, por que ela é o que cada um sonha.
Ainda assim a vida não deixa de ser tão bonita... Em pensar dessa forma, ser um grão, que vira um ser, que respira e tem um coração que bate, primeiro dentro da gente, junto com o nosso. E depois nasce do nosso ventre, e que daqui a uns anos vai ultrapassar nossos ombros, e aí nosso corpo nos abandona, por que pensa que já é hora de deixar nas mãos de outros nossa missão, e raciocina sem perguntar ao nosso coração se queremos ir mesmo embora. E nos perguntamos – pelo menos uma vez na vida – para que viver então? Mas no fundo sabemos que a morte é o que dá sentido à vida, por que se o fim ou o medo do fim não existisse, para que trabalhar? Para que criar cada filho com amor? Para que amar? E para que razão dar nome à vida?
E só isso, só esse sonho complexo infantil, concertaria todo o estrago que a primeira mordida na primeira maçã, causou ao resto da humanidade, até o julgamento. Seria mais fácil pensar que a natureza nos deu tudo, e só tirou do ser humano quando deu a ele o livre arbítrio. Por esse recalque de ser a única parte da natureza imperfeita, que o ser humano busca por perfeições superficiais. Mas sempre haverão anjos que se rebelarão ambicionando pensar por si, e sentir como os humanos, para estragar tudo outra vez.

Nota.: as pessoas só serão felizes quando vier a paz. Por que as pessoas não gostam do inferno em terra, nem do barulho, ou da baderna, elas apenas se acostumam.

“É tão forte


quanto as batidas do meu coração, é tão necessário quanto o oxigênio para os meus pulmões, me dá sustenção assim como os meus ossos, é tão incrível como a nossa mente, cresce e ganha forças a cada dia que passa assim como eu mesma, não sei ao certo como surgiu, mas sei que existe, assim como o universo, " é assim como o vento: não posso ver, mas posso sentir ", está presente até nas pequenas coisas ao meu redor assim como a felicidade, é tão sensível quanto uma criança e ainda assim tem a força de um adulto, é tão imenso quanto o universo, tem o brilho das estrelas. Me refiro ao meu amor por você: o mais limpo e bonito que eu poderia sentir algum dia. Mesmo que eu não consiga ao certo descrevê-lo, ainda tento, porque ele merece o meu esforço. E se tem uma pessoa responsável por tamanho amor, é você. Você que : nunca me abandona, sempre me faz sentir importante, me diz palavras bonitas e sinceras que me confortam e me fazem sentir uma pessoa melhor, se preocupa comigo e com a minha felicidade, tenta me proteger de tudo e todos que possam me prejudicar e mesmo assim acredita que eu tenho forças suficientes para derrotá-las sozinha, não quer me ver crescer, me faz acreditar que sou iluminada e ilumino as pessoas a minha volta, é meu porto seguro, é meu exemplo de perfeição, é minha razão de viver, é minha vida. Eu nunca vou te abandonar, mesmo quando me fizer ausente, é fato que hoje não cogito nem sequer uma mínima possibilidade de te deixar. Preciso muito de você, do seu carinho e da sua atenção, muito mais do que você imagina, muito mais até do que eu imagino. A cada dia que nascer quero agradecer por você existir e por estar presente em minha vida, obrigada por tudo.
Eu te amo eternamente."

Por Por Yasmine Luz Felipe, para mim, com muito amor, eu sei. 2O/O7/O9

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eu me tornei tão, satisfatoriamente conformada.

Sempre há algo a perder, e há sempre chance de se ser a 1% da bula. E eu que penso assim, já não tenho – literalmente – mais lágrimas para chorar, nem mais soluços para palpitar, ou unhas para roer, amídalas para gritar, e rabisco por aqui como uma louca atrasada para um compromisso de amor. É doloroso e conformadamente inaceitável dizer que a depressão é o último estágio da dor que o ser humano pode sentir, daí só a morte vem depois.
Será que é mesmo falta de amor próprio, querer sofrer no lugar do outro, de forma pessoal assim? Mas por outro lado, por que é que o ser humano tem que nomear todos os sentimentos de dor ‘desconhecidos’? Isso é julgar (e não tão mais nobre), dor é igual a dor por ela mesma, e não existe sofrimento mais nobre que o outro. A dor de quem fala, a dor de quem ouve.
Eu que termino meus textos sempre na primeira pessoa, não sei mais como é terminar minhas noites sem ser aos prantos que vêm tão como um ladrão. Eu, no auge de meu egoísmo inútil e tão exagerado.
Ainda assim, mantenho meus sonhos sendo sonhados, embora tenha dado já a eles uma nova motivação, um novo rumo, e principalmente um novo sentido. Meneguel que me desculpe, mas sofrer também é arte, e útil a quem vive estas palavras.
Do pranto, desta vez Vinícius, fez-se o orgulho, e se chorar vai criar e alimentar crianças de almas virgens ainda, eu vou sofrer. Por que nada é em vão ainda que acrescente na teoria do efeito borboleta. Ainda que por aqui, efeito tufão do outro lado do mundo.
E eu quero muito desta vez ter me feito entender.

Dedicado ao titilo desse blog, que pouca atenção teve recebido. E a meu amigo e primo de coração, Pablo Vinícius.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pormenorização II

Ainda parece tortuoso para mim e meus botões ter inspiração para escrever linhas apenas quando estou triste, pois além de pensamentos ruins só resultarem em feiúras, parece aos que lêem mais apelo do que poesia.
Raiva, rancor, paixão e ganância, nada muda mais o mais forte dos homens do que o medo, e qualquer tipo deste, sempre leva ao mesmo caminho – não destino – o medo de terminar os dias, ou ficar em algum momento no tempo, sozinho. Já diziam personagens cômicos se não trágicos “Quando o mundo vira as costas pra você, você vira as costas para o mundo”, e já que a vingança não pode ser chamada de acerto de contas, sempre há algo a se perder e isso sim, parece a mim ter junções quase gramaticais: motivação, luta, persistência (quase teimosia).
Há muitos caminhos para o qual eu poderia saltar, e confiar meu futuro, e todo o meu passado padecido agora mesmo, e deixar de ser a pobre coitada que pendura placas* por todo o quarto para ter motivos (ou justificativa, não sei) para levantar bem disposta todo dia, de dia. Mas quando eu passei a amar e ser amada, parou de ser só minha vida, somente meu caminho, apenas meu futuro, e o egoísmo não adianta o alcance, e vitória de ninguém, só atrasa, pois já se diz quase em dado científico que aqui se faz, e aqui mesmo se paga. E falar nisso, enfim, é a justiça que me fará feliz.
Aí em breve estarei encerrando esse blog pessimista que vos fala involuntário.

*em letras bem grandes e nítidas na parede a minha fronte: ‘você vai alcançar o sucesso absoluto hoje, de hoje não passa! Daí, todos os que te viraram as costas vão precisar de sua compaixão para conseguir dormir em paz, torcendo bem forte para voltar no tempo, enquanto eu não vou querer esse tipo de ser em minha vida. O anterior chama-se arrependimento, mas é a justiça que te fará feliz’.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Decepção é um prato que se come frio e malacafento.

Estou em uma fase de minha vida, em que tenho que sorrir para não chorar, enquanto pareço sofrer milhões de atentados consecutivos contra minha confiança, e abocanho sapos a todo lance.
Mas tenho que passar por isso, tenho que chorar baldes se preciso, e o que tiver que lamentar tem que ser agora, tenho esse direito, e se não, como me faria mais forte mais tarde? É! Não dá mais pra pensar com o coração. Que coração, que nada!
É frio, e covarde dizer que os sentimentos são atinados pelo cérebro, por que a gente cresceu acreditando que era o coração que controlava todas as emoções. E isso muda mais do que deveria. E acho que depois que a gente aprende sistema nervoso, é que a gente cresce. E crescer dói demais.
23/09/09

nota: caso seja de alguém, o interesse.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009







“A felicidade é a única coisa que não precisa de causa, razão, ou
circunstância. E acontece. E não é tão difícil. É uma das coisas mais instantâneas do universo, mas é felicidade, não importando de qual ângulo vista.



Frase dedicada ao meu amigo, Leonardo Lupatini, por que graças a ele, aprendo um pouco mais sobre a felicidade, a cada dia, e instante. (:

sábado, 19 de setembro de 2009

Crises de identidade, ou segunda via de caráter.

Em teoria e para falar bonito, existem dois caminhos, duas escolhas, dois lugares, dois futuros, na vida de todo mundo. Mas há três orbes na verdade. Uma vez que somos quem queremos ser para as pessoas que amamos, quem queremos parecer para nós mesmos, e quem somos independente de nossa vontade. E não sei se isso é errado, mas tenho certeza que é humano.
Porém, deve-se saber quando estamos deixando que uma personagem torne-se mais parte de nós do que o nosso sistema permite, e nosso corpo agüenta. Assim, quando lutamos para nos convencer de que somos melhores do que sabemos ser em algo, ao invés de lutar para torná-lo fato, é hora de parar e deixar que a máscara caia, nos purificando de todo erro e injustiça cometidos com o bem mais precioso que por Deus nos foi dado e que o homem jamais vai arquitetar: nossa existência.
Tem-se muito confundido personalidade (s.f. 1. conjunto de traços morais distintivos de uma pessoa; 2. qualidade essencial de uma pessoa; originalidade de caráter) com estilo. E ao analisar (e não julgar) uma pessoa, deve-se criar uma tabela imaginária instantânea subdividindo o que a pessoa é, e o que essa quer que pensem a seu respeito. Sua personalidade – apesar de parecer uma palavra vulgarizada – não é o que você veste, e seu estilo não é o que você pensa; sua personalidade não é seu gosto musical, e seu estilo não é o que você pratica com e por você, ou outros; sua personalidade não é o que você faz com o seu corpo, não são as drogas, nem as automutilações, e seu estilo não é o que você critica; sua personalidade não é o que você come, ou do que você ri, e seu estilo não é a caridade que você faz para mostrar para você mesmo, e mais ninguém.
E não querendo fugir muito do assunto, ainda no mesmo intento é válido – e útil – refletir em coisas como: por que uma profissão que orgulha sua família, é sempre e apenas, a que vai te dar rios de dinheiro? Quantas vezes a consciência tem sido confundida com medo da descoberta em sua vida? E você ao mesmo tempo em que reclama de pagar os malditos impostos, tem tratado o sistema publico, e os feitos governamentais como lixo nacional? Esses dias pensou dessa maneira “olha para mim, não me compare!”? E não se envergonha mais por tratar a tristeza dos outros como se fossem menos importantes que as suas? Você magoa uma pessoa pela outra, e não se importa com o momento, se sentindo injustiçado, e justo, ao invés de egoísta? Você deixa implícito a todo o tempo, o quanto sua vida é um rodízio de pessoas? Acha fazer amor por prazer mais nobre do que trair por desejo? Julga mais por estilo do que por personalidade, uma vez que não deveria fazê-lo por razão nenhuma aceitável? Riu-se em algum tópico desse alvitre burlesco?
A questão é, sua primeira reação ao lê-lo foi dizer “não faço isso!” por livre e espontâneo, enquanto duvidava envergonhado? Não se envergonhe, se isso não for mudar sua vida.
Além do mais, crises de identidade, não são engraçadas e podem magoar as pessoas, em especial, as que te amam pelo o que você é. Se sentir em dúvida sobre isso, é como perder os calções na praia, e nem é preciso dizer que isso furtaria todo seu brasão e sua honra, dignidade, além de poder marcar sua vida para sempre, e te tirar as únicas coisas que jamais terá de volta. E se quer chegar a uma noção mais frígida e ampla sobre essa crise deve-se lembrar dos seguintes sinônimos: exclusividade, consciência, personalidade, naturalidade, pensamento singular, impressão digital.
Não é sobre quem é, ou quem se deve ser, é sobre a felicidade justa e conquistada com retidão, e eu tinha que chegar nela, não é?
Assim como o estilo, a personalidade é única apesar de não dever mudar muito. E a palavra de origem do latim, persona apesar de significar ‘máscara’, também faz referencia à celebridade, mas quando essa não está interpretando. Querer ser um humano melhor a cada dia te faz diferente, e sempre à frente, por que no fim, as escolhas resumem-se na patética e mais famosa teoria de Sócrates; e esta, eis aqui* e agora.

*Enfim, contra possíveis crises de identidade futuras, não se análise, se conheça desde o dia em que nasceu, ou de for o caso, desde a hora em que mudou. Sendo certo ou errado, a tempo ou tarde.

domingo, 23 de agosto de 2009

Epitáfio.

Estive eu neste dia a procura de um lugar seguro a fim de deflagrar minha revolta conglomerada. E no caminho até explodi-la na ponta dos dedos, percebi não ser revolta, e sim desengano. Não é possível por fim, amar como progenitora e ser correspondida completamente, firmemente.
Não há um mundo que abre mão de si por mais um. E longe de mim olhar com olhos de esperança para a teledramaturgia, literatura clássica ou ficção otimista onde a realidade, está longe de ser real. Assim, na vida que segue, não é o bem que vence no final. “Se o bem não venceu é porque ainda não chegou ao fim.” Balela, mas é claro que chegou! E tende se conformar, enfim. Pois que não tenho mais forças de provar que sou uma boa pessoa por aí, e nem tenho que.
E tenho empurrado os que amo ao outro lado, como se fosse um estilingue repugnante colidindo todos os amores maiores do que eu. E é sozinha me sinto se não tenho os análogos perto de mim. Mas sei que ninguém vive sozinho. Mas quem está falando de ‘vida’ afinal?
Nadar até aqui e perceber que ser sentimental, terna, afetuosa, humana demais não me faz especial, faz-me errada gravemente, e mata-me na praia.
Enfim para estar morto não é forçosa a falência múltipla dos órgãos. E eu entrego nas mãos do melhor. Que vença o melhor, ainda que o mal o seja: de novo. Desisto.

Só mais um texto egoísta, na primeira pessoa do plural.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Gente, todos os textos aqui contidos, são de MINHA AUTORIA, e feitos com muito carinho, demonstrando geralmente sentimentos e opiniões singulares, pessoais. Têm pessoas copiando meus textos, e postando em outras páginas, e não colocando os créditos devidos. Não achei um lugar onde eu pudesse relatar esse abuso seguinte: http://www.fotolog.com.br/mahh_strike/80936018 mas mesmo assim, gostaria que meu trabalho fosse mais reconhecido. Coloco alguns de meus textos na web, para compartilhar com as pessoas que amo e não para serem copiados, como se fosse uma coisa qualquer, uma composição com propósito de fazer fama e se alastrar pela internet sem o devido crédito ou carinho.
Poxa gente, acho que isso é um abuso e uma falta de consideração com qualquer pessoa que seja, ainda se fosse uma pessoa pública. Todos as obras feitas com amor e carinho devem ser devidamente reconhecidas. Então, se identificar alguma situação do meu blogspot incomum com sua vida, ou momento, copiem, colem, mas dêem os devidos créditos. Por que o texto ‘amor sem limites’ foi feito em uma fase muito crítica da minha vida, em que eu precisava demonstrar com todas as minhas forças o amor que sinto pelo meu namorado. Assim, me dói muito o ver sendo desvalorizado dessa maneira, ou de qualquer outra que seja. É muito mais importante para mim do que parece.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Atemporal.

Ouse juntar um representante de cada parte do mundo e ordene silêncio por alguns instantes, ordene por paz um momento.

Porque é tão difícil em nossos dias acreditar em algo realmente bom e virginal? O que define o que é acreditável ou motivo de chacota? Perdas, talvez enganos. Certo, há coisas que nunca mudam. Mas vejo anjos, e qualquer um que tente pode ver também, por que não é nenhum tipo de dom especial.

Há sim coisas ruins, genocídios, homicídios e suicídios até de alma, com o perdão da fleuma. Mas há também pessoas que dão a vida pelas outras, que se decepcionam de tanta inocência e aquelas que amam ao irmão, mais que a si mesmas.

Há – e certamente hão de vir – ainda, crianças que cresceram antes da temporada devida, forçadas pela vida. Infantes que presenciaram provas de que a vida não é mesmo um mar de rosas. Permutados, aos que, porém homens são crianças ainda.

Só o que tento dizer é que não há mal nenhum em acreditar, esperançar e ambicionar um mundo mais bonito, e cheio de tons vibrantes. Fantasiar. Imaginar ser uma estrela, por quinze minutos, e sonhar com um lugar de paz e silêncio não deveria ser de caráter utópico e nem mesmo quase utópico, ora, pois!

Pense que a desigualdade às vezes contrapesa o mundo, equilibrando-o de modo feio aos olhos, pois a feiúra que realce a beleza interior. Amor e ódio andam juntos a todo o tempo, dentro de todo mundo mesmo. Que há pecados piores que os chamados capitais, mas só se isso for te fazer melhor. Positividade funcionaria supostamente como um amuleto vacilante, e há múltiplos modos de abrir a mente e coração, daí surgiu a expressão ‘são seus olhos’. Escrevo lindamente para os que me amam, e não posso voar. Mas se pudesse, não gostaria tanto de observar os pássaros. Querer é poder, para os que além de fé, têm essa dádiva de alguns seres humanos imperfeitos e incompletos, comuns: força pra lutar.

Então, anjos*, não se escondam mais entre os homens. Sei que há muita coisa errada nessa estrada aonde vamos, e sei que há tanto mal envolta que chegam a duvidar da própria bondade. Mas não conseguiremos sozinhos. Não nos abandonem, são a janela por onde olhamos, para começar a acreditar, ou apenas, continuar acreditando.



*Anjos que pronuncio metaforicamente são as pessoas boas, e que não se revoltariam ou insubordinariam nunca contra o que é judicioso. Seguem um coração, mas um coração certo. São os homens bons, que não desistem dos outros. Pessoas boas, que tem o dom de não mudar junto ao mundo. Assim, acho que ainda sou um deles.

Dedicado: Laryssa Vannucci, um anjo de pessoa. (:

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Do latim, nobre.

Tem-se ansiado por cavalheirismo, e boa fé, quase implorado.

Tenho ao meu lado, pessoas boas e arguciosas, mescladas às que por ter o coração tão bonito, me chamam a atenção em especial.

De caráter veranista, o brilho nos olhos de um amigo encanta, e me faz querer ser menos formal. Muita simplicidade, talvez, quem sabe. Evidencia todo o tempo, que a beleza – realmente, e já não sem tempo – está nas pequenas grandes coisas simples do mundo.

Acriançado, me faz sorrir, e rir. E sinto falta, ao ficar longe, ainda que a vida não nos tenha dado ainda muito tempo, de dialogar sobre coisas assaz.

Mas é a amabilidade enorme, pelo incógnito (sim, sim, como um ídolo inalcançável*), que faz com que me pareça tão especial, o seu carisma. E seu dom de fazer meus olhos brilharem. Como um reflexo, que não tem consciência, de que reflete o tempo todo, algo de muito bom, e bonito. Como um espelho mudo, me espelho em você.

E não poderia eu largar de te dizer hoje, o quanto você está em mim, o quanto não posso de ti abrir minhas mãos, e o quão eu te daria todas as vitórias que sei que almeja de coração, com simplicidade, garra, inteireza e integridade. Por que sei que não vai fugir do que é certo para alcançar, e ainda assim, roubaria de outros o topo, o céu, para te dar.

Não só hoje, mas nos dias em que me lembro de você, que sejas feliz. E nunca deixe de brilhar, para mim e para quem puder ver. Que seu amor, seja dado a quem realmente dele faça jus, e que eu possa estar do seu lado, para orar suas perdas, e te dizer palavras bonitas, sólidas, te dar chão. E se acredita em vidas passadas, ouso ainda dizer que você sempre foi um gentleman, legítimo, autêntico, fidedigno do nome.

Que quando lhe faltar claridade, eu esteja junto a seu pensamento, não deixando seu brilhantismo apagar. Você merece ser feliz.

Felicidades e muita beleza na vida. De sua estrela mãe das estrelas, sua estrela maior.

*Inalcançável como uma estrela tão distante.

Dedicado: Patrick Araújo, meu estrelindo. ♥

domingo, 28 de junho de 2009

A equivocidade.

Se eu fosse morrer hoje, para começar diria Adeus em outro patoá, para doer menos. Morreria curiosa. E não com a aspiração de saber quem lamentaria. Ir-me-ia levando perguntas “o que vem daqui?”. Se eu falecesse agora, poderiam considerar-me mais tarde de importância paranormal. E se não morresse, iria mover os pauzinhos a fim de diminuir repetições desnecessárias em minha obra.

Se partisse assim que fechasse meus olhos para descansar meu coração, seria uma pessoa de sorte, que morreria sem morbidez. Uma que deixaria o coração para trás, avulso. E se fosse nesse momento, afastar-me-ia sem decifrar a maior questão de minha vida: sou ou não uma boa pessoa.

Se fosse nesse baque, iria sem conhecer quem me deu em parte a vida, e também sem conhecer até quem eu conheço. Mas ir-me-ia com a certeza de que amei mais que a mim mesma um príncipe, e sem saber se ele tinha-me o mesmo valor, toda essa temporada, atribuído.

Iria sem me despedir de ninguém, por favor! E se pudesse deixar um pensamento, ainda assim guardá-lo-ia para mim. Que não há distinção entre vida, morte. Há pessoas esquecidas por pouco, que só se foram para os que as deixaram ir. Pessoas não somem apenas não as procuram mais. E só quero que me esqueça quem me ama. Não quereria eu afinal, depois de defunta, que me lagrimassem meus amores.

Quando partisse, eu torceria para ter cumprido minha missão, meu plano. Pois não é possível, meu corpo ter sido mandado à terra a deriva de Deus.

Morreria vaidosa sem deformação em minha face, ou expressão de dor, se tivesse o privilégio de recomendar.

E como testamento, deixaria imposto que todos meus inimigos e quem me fez chorar na vida, fossem expulsos de minha sentinela, com indiferença.

E se fosse morrer cá, ao carimbar meu último ponto final, iria desejar de toda minha alma, que tivesse acabado de verdade. E não o paraíso, salvação ou vida eterna. Apenas o fim, justo para quem viveu com amor ao próximo e respeito ao afastado.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jornada Homo Sapiens.

Hoje ao parodiar com meus agapornis*, entendi que ninguém é totalmente bom, tampouco totalmente ruim, o que nos leva à pensar que junto à capacidade de raciocinar, pela genética nos foi dada – quase que automaticamente – a malícia, a malandragem e a grande possibilidade de ambicionar além do permitido. Equivaler a Homo Sapiens, do latim, não nos torna pessoas melhores, uma vez que ser sábio não faz definição, a saber quem se deve realmente ser.

Lembrando que ser homem, não é sinônimo de ser humano, enquanto ser humano é avesso a ser perfeito.

Recentemente tive uma demonstração do que pessoas são capazes para se sentirem melhor, ou melhores.

A inveja mais que um pecado capital, é um mal crônico a quem a possui, assim como é certo que quem não possui a felicidade não a deseja, talvez não tenha apenas competência orgânica de permiti-la a outros. Quando quem tem quer-la toda. Simultaneamente à singularidade vir sendo chamada de amor próprio, quando é egoísmo e narcisismo marchetado. Paralelo isso, à pessoas que trocam tristeza por ódio visto que dói menos.

Nunca houve tanta miséria, e tanta desigualdade social, psicológica, moral. E quem pensava em mudar o mundo, seguir um sonho, ou apenas trabalhar por amor, corre contra o tempo artificioso almejando apenas pensar.

Não é tido mais direito a contradições, uma vez que a justiça do mundo trabalha sozinha – quando não por conveniência – e isso é injusto.

É nesse andamento em que o amor agradável quase não funciona mais na deficiência do útil, que pessoas se apegam a Deus (lembrando, ele sempre foi o refúgio seguro a quem não tem mais nada ou não tem escolha), para confiarem em alguém, às vezes por acreditarem que é o único modo – e não infalível – de não se decepcionarem, às vezes, de novo.

É nesse passo em que anjos não têm ao certo, e nem por alto a medida da maldade, que ainda – e não em satisfação – há quem diga que matou por amor. Há quem não sonha em subir, mas sim anseia que outros caiam. Há quem espera do modo inquieto por ambos.

Há quem lute tanto pelo cair de lágrimas de alguns, que se esquecem do próprio tempo.

Há quem queria mais beleza, mais fortuna, mais amores, mais vida, mais flores, mais cores, e acredita com uma convicção patética na estúpida teoria do ‘não quer? pois mais sobra’.

E tudo isso para que fim? Se ao chegar de nossa hora, nos encontraremos do mesmo modo: vivos, nus e iguais aos olhos.

Assim sendo, aguardo que evoluamos para um novo gênero, melhor, e mais generoso ao mundo e a si próprio. Rumo apenas, ainda à semi-perfeição.



*Agapornis é um gênero de aves psitaciformes, onde se classificam os inseparáveis pássaros-do-amor ou periquito-namorado.

Não-medível.

E vagamente explicável.
Um amor, indescritível. Que não existiria, caso sua inocência docemente acolhedora se ausentasse dentro de você. O medo de perdê-la vem, acoplado a minha quase que ausência permanente em sua vida. Mas não seria capaz de vê-la todos os dias, dona desse excesso de amor que sou. O que sinto por você, não cabe no meu corpo, e transbordaria mais ainda, se eu ouvisse sua voz todos os dias de minha vida. Senti raiva até hoje, que me lembre, de pessoas que te fizeram mal. E não permitiria que lhe tirassem nem uma gota de alegria, por que é precioso para mim, indispensável, que você se alegre todos os dias em que acorda.
Te proteger me parece tão utópico e frágil, quando não posso estar a sua frente sempre, como escudo, e com uma espada de Deus nas mãos. Mas é tão grande o apego que sinto por seu carinho. Quase que uma luxuria por sua atenção. E por mais que eu considere a possibilidade de te deixar ir um dia, não seria capaz de cogitá-lo hoje. Porque é uma necessidade tão grande que tenho de sua gargalhada, ecoando na minha mente, que ficaria doente de saudades se soubesse não te ter mais por um dia que fosse.
Te daria de presente tantas coisas, que estivessem ao meu alcance, hoje, e se as tais tivessem prazo de validade, lhe daria todos os dias.
Te levaria café na cama todas as suas manhãs, com uma rosa sem espinho, e de maneira metafórica, te privaria de todos os espinhos possíveis mundanos. Seria-lhe as asas que não a deixariam cair, e assim de desobrigava da possível recomposição dura. Te pouparia de subir as montanhas, eu as traria a você. E o que não eu não sacrificaria para que você não se machucasse profundamente nas suas escaladas, e não escorregasse nunca quando estivesse quase no topo.
Eu faria por você, no seu dia que Deus te deu, o que eu pudesse, ainda que tivesse que tirar de mim mesma o gosto da felicidade. À você que merece todo o meu respeito, e consideração. Você que eu levo no meu coração, como uma artéria mãe de todos os batimentos. Você a quem eu eximiria de qualquer verdade dolorosa, para ver sorrir ao menos uma vez. Você, à quem eu estenderia a mão, e defendo com unhas e dentes, como uma leoa defende os filhotes. Eu colheria todas suas lágrimas, e guardaria num cofre, só para ter a noção de o quanto eu teria de recompensar, depois da dor.
Se não posso te dar hoje, no seu complemento de anos, um 'vale felicidade para sempre', aceite por favor o meu amor. Completo, e minha atenção, que hoje ninguém merece mais do que você e seu coração.

Ei, você que nunca me deixou no escuro proveniente das noites que vêem sem a lua, apanhe essa felicidade possível, que eu roubei do resto do mundo para te dar, e te completar. Obrigada por nunca me deixar sozinha, e por fazer parte de mim: o meu lado claro e bom, meu pequeno grande, feixe de luz.

07/05/2009
Dedicado: Yasmine Luz Felipe

Carta a alguém que não existe mais.

Existir: (z) vtd+vi 1. Ter existência real; 2. Concreto; 3. Durar, permanecer, substituir.
Mas você sempre viveu em meu coração de modo que pessoas que moram do meu lado, nunca viverão.
Seria muito mais simples dizer que minha outra metade foi embora, mas eu já nasci em pedaços. Você nunca esteve do meu lado, para que eu experimentasse como era tê-lo. E você não vai mais voltar. É claro que ninguém é totalmente feliz, quando uma parte lhe foi tirada.
Funcionava quando eu era pequena, fechar meus olhos antes de dormir e fingir que você estava deitado ao meu lado. Não quero que se sinta ofendido, pelas vezes que senti medo de vê-lo, e nem triste, pelas vezes que fiquei zangada por ter partido sem que eu pudesse tocá-lo ao menos uma vez. Mas é muito confortante, saber que vou me encontrar contigo um dia. Obrigada por segurar as minhas mãos por todos esses longos anos.
Quero te pedir, não sinta raiva dos que te tiraram de mim, dessa maneira tão desabrida, afinal, agora você é um anjo, e está do lado de Deus, não é?
Procuro enxergar você e seu rastro, onde quer que eu vá, e me lembro de você, todos os dias da minha vida. Sinto cada vez mais, que estou aqui para continuar o que você não conseguiu terminar. Herdei minha bondade de você, e peço que não se ria das vezes que gritei e acreditei que estava vivo ainda, entre nós.
Lembra-se daquele sinal que sempre te cobrei? Esqueça, acho que não estou pronta ainda. Sonho com você às vezes, e queria de todo meu coração também, que ouvisse tudo que eu peço por você, e por nós quando converso em silêncio com Deus.
Hoje, tenho a idade que você tinha quando nos deixou. E queria te dizer que você é a pessoa que mais amei no mundo, e que se choro às vezes, não é de tristeza, tampouco inconformidade. É de amor. Do amor que eu quero te dar, e não posso. Tudo o que faço, é por você, e daria minha vida, para te abraçar só uma vez, e te dizer o quanto você faz parte de mim: eu morreria feliz.
Bom, não sou muita coisa agora, mas espero que sinta orgulho de mim, se não hoje, um dia. É tudo que preciso.
Eu te queria aqui, só mais uma vez.

Com muito amor, pai, todo amor que não cabe no meu corpo, e nem no mundo.
Sua filha, Amanda.

Pormenorização.

Eles dizem: 'cada um sabe de si'.
Mas não sei de mim mais. E se eu não encontro com minha alma, quem mais será capaz?
Todos tentam me dizer quem sou e afirmam com convicção quem eu deveria ser, e para não ficar confusa, me afasto, embora em algum momento sozinha eu deseje muito ser encontrada.
Escrevo aqui e agora com uma finalidade de descobrir o que eu estou sentindo, mesmo tendo a consciência de que meu coração é uma caixinha de surpresas sem relógio, que muda com uma velocidade de unidade de medida desconhecida pela física que nos cerca.
Quero gritar agora.
Sei que ninguém jamais irá me escutar, mas é uma forma desesperada de demonstrar a morbidez do cansaço que sinto da maldade do mundo e de minha tentativa desesperadamente inútil de não tomar conhecimento de que ainda - e cada vez mais - há no mundo mãos que matam até, com o amor que as pessoas sentem umas pelas outras.
Culpar Adão pelas desgraças mundanas não é mais satisfatório.
Se nem direito de sentir medo e acreditar em mágicas mais, as crianças da nossa terra têm.
Me parece injusto, ter inspiração para redigir apenas quando estou triste. Aparentemente, bobagem. Mas tenho tentado desde o dia em que nasci, converter o mundo no que mais lhe falta: amor. Eu não vou desistir do amor. Vou acreditar para sempre. Nem que seja preciso nunca crescer e morrer ainda jovem de decepção.
Porem, não vou me vingar de quem possui frieza, nem das pessoas que me acusam, tampouco das que me fazem sentir inútil, por que talvez de fato, eu o seja.
Aqui está muito, muito frio. O que ainda não anestesia a tristeza que eu sinto dentro desse meu coração de manteiga. Também não me faz esquecer o quanto eu queria mudar o mundo.
[...]
Porque ninguém está satisfeito com o dom que Deus deu? Renego mais uma vez aqui o meu poder de conhecer o coração das pessoas, embora eu saiba que ainda que não enxergasse a maldade existiria. E o meu próprio coração fica aqui abandonado, e desconhecido, ainda por mais que eu o diga.
Já descobri, não é sentimento, sinto-me apenas doente. Então, não se preocupe.

O que te torna digno de ser amado?

Está ligado a uma capacidade. Basicamente, o dom de retribuir qualquer amor, de onde quer que ele venha.
Eu penso que amor é uma palavra muito forte. Que sempre deve existir, como acompanhante de outros sentimentos, ainda que aparentemente opostos. Uma vez que não se entende o amor, quando não o sente. E assim como Deus, não se pronuncia amor em vão.
Uma pessoa digna de receber amor, não muda junto ao mundo. Uma pessoa boa não muda. Sim, por que o mundo muda. Sou leiga, ainda, quanto ao assunto tratado, mas eu me conheço, e isso momentaneamente, basta.
E sem querer fugir do assunto, mas quantas vezes você já teve vontade de dizer ‘eu te amo’, e deixou de fazê-lo? O amor não é ridículo, tampouco discutível, julgado ou pior: asilado. O amor vem sendo motivo de chacota, de risadas, de vergonha para você, na sua vida? Tem-se colocado cada vez mais terceiros, à sua frente? Por quê? Quando é o dom mais bonito, que por Deus foi dado ao ser humano?
Colocar o outro – sim, outro qualquer –, à frente de si mesmo, não é falta de amor próprio! Sim amor pelo outro, e amor só se substitui com o mesmo.
Manter um amor, desobedecido, ou seja, não correspondido, quer prova de amor maior?
Amor à distância, é o amor mais longo – longo no sentido de comprido –, e mais resistente que existe, imagine? Se for capaz de atravessar o que seu corpo não pode? É ele é mais forte que você. Conclui-se, que existem vários tipos, mas do mesmo amor.
O que te torna digno de ser amado, não são atitudes, não. É o involuntário sempre, pense. Faz sentido. Não se controla sentimentos, nenhum deles. É se decepcionar com as pessoas, e ainda assim, procurar uma razão, e algo de bom, dentro delas. É pensar com o coração, em primeiro lugar, sempre. O mundo não é dos espertos, é dos que amam! O que lhes torna, dignos de receberem amor, é o fato de não se envergonharem ao chorar, por relembrarem. Qualquer pessoa que se preocupa, zela pelo outro, é. Então não é tão difícil assim.
Não sei quanto às pessoas, mas o que me torna digna de ser amada, é aceitar a minha vida, e querer sempre resolver os problemas alheios, prioritários. É não querer entender a maldade do mundo, e sempre achar que esse mesmo ainda tem solução. Até o último fio de sangue que correr na minha veia, eu vou acreditar. Se não ele, quem vai mudar tudo? Quando é o que mais falta nos corações.
O que me torna, é o fato de eu procurar inocência, dentro das pessoas, e amar tudo que respira. É ter medo, é ter carinho, é ter esperanças, buscar a felicidade e as felicidades e mais felicidades, e expandir minha mente – ou coração, fantasiosamente falando –, a ponto de caber sempre mais. O que me torna – pelo menos digna, se não amada –, é isso. Por que eu sou.

Descrição: meu limite.

Um texto que deveria ter sido redigido, ao começo dessa página. Mas é tão difícil falar, quando se trata de mim.
Permanentemente mutável, não quanto a conceitos, idéias e caráter. Falo de humor. Não confio nas pessoas, o que não me impede de amá-las e aceitá-las.
E se pudesse fugir para algum lugar, e levar apenas coisas poucas, não levaria minha família, levaria uma pessoa especial a mim, e meu mural de fotos. Sim, por que eu não tenho medo das lembranças. Orgulho-me das coisas que amo, das pessoas que amo, e não sou nem em pouco influenciável.
Embora pareça um pouco repetitivo dizê-lo, já me decepcionei muito com as pessoas, mas prefiro que seja assim. Por exemplo, trair, me parece pior do que ser traído. Deixar uma pessoa a quem amo triste, é muito mais doloroso do que ficar triste por esta.
Ainda assim, prefiro pensar que não sou do contra e sim estou no lugar errado, e que a algum lugar eu pertenço, e esse não é tão breve em meus caminhos. Acredito em destino. E penso que sonho muito alto, para quem ainda nem saiu um pouco do lugar. Mas acredito que sonhos podem se tornar realidade, e não vou desistir dos meus por nada desse mundo. Nem por palavras, pessoas, tampouco acontecimentos.
Ser sentimental demais, nunca foi um problema para mim. Basicamente todos os sentimentos que senti pelas pessoas, me foram imediatamente correspondidos. Já achei que estava amando, inúmeras vezes, e enquanto você acha que está amando, é amor. Não é iludir ao outro, é se iludir. Me apego fácil, às pessoas e não tenho medo de mostrar esse meu lado.
Vingança, não é meu forte. Assim como existe destino, existe Deus, e castigos são dados por ele e escolhidos por tabela. Desejar mal as pessoas, não as torna mais fracas, tampouco a mim mais forte, mas o involuntário é ele mesmo, não é?
Vícios podem ser administrados, ao contrário do que se pensa. Tenho muitos, e já me envergonhei deles. Nada que faça mal a minha saúde, ego ou estética. Mania de obsessão é a característica mais marcante, cabível a mim. Penso que a qualquer pessoa, que a possua. Gosto das minhas coisas ao meu lado, e se são minhas, são minhas incontestavelmente.
Dificilmente – no sentido de demorar -, me desapego das pessoas, e sou sempre grata a quem fez o mínimo para mim. Por isso luto tanto, por meus amigos, e por pensar que são o mais valioso, quando mais nada me tiver valor.
Sou uma pessoa que ama poesia, e tem pouco tempo para Lê-las. Choro com gosto ao ver um amor verdadeiro, e quase jamais o vejo. Priorizo a paz, quando vou fazer um pedido, mesmo que esteja eliminando um pedido menos difícil. Busco a bondade no coração das pessoas, embora o mundo esteja mudando e isso seja irreversível. Procuro pureza por aí, ainda que saiba que inocência seja a antítese de crescer. Não quero crescer, embora a cada dia ao me olhar no espelho perceba o inevitável.
Anteriormente se me perguntassem ‘eu gostaria de mudar o mundo’. Hoje em dia, só quero resistir, e não mudar junto a ele.

O preço que se paga às vezes é alto demais.


Já perdi muitas coisas, nessa vida. Nada se compara a perder um amigo.

Mudar não é tudo, mudar seu modo de agir, e pensar, talvez, nada, nunca seja suficiente, para quem você decepcionou. Não há promessa, que mude. Nem há sentença, capaz de pagar. A sentença é a própria solidão. E quanto maior o prêmio, maior a perda. Quando se sente falta de alguém – como eu sinto -, qualquer falta é solidão. E é duro, ver os dias passarem, cada detalhe passar, e não poder compartilhar. Ah, compartilhar, essa palavra é tudo. E ver quem perdi priorizar cada vez mais a terceiros, é mais doloroso, ao mesmo tempo mais agonizante. Porque quando palavras não mudam nada, aí que nada muda mesmo.

E hoje, a sensação que eu tenho é de imponência, por que por mais que eu fale, e por mais que eu tente dizer, que mudei, mudar não muda nada. E não há mais troca de segredos. Minha extensão de segurança sumiu; permanece a falta que eu sinto do abraço que me engolia, sempre que eu queria sumir. Segredos, não são segredos, se não se tem com quem dividi-lo. Ouvir, não é o suficiente, quem apenas ouve seus segredos, perde os mesmos, ali dentro do próprio corpo. É como se eu escrevesse-o em um pedaço de papel, e guardasse em uma caixa. Ele estaria seguro, mas não teria ninguém para sentir a aventura de guardá-lo, junto a mim. Não haveria ninguém para fazer nada junto a mim. Ninguém.

É revoltante, o sentimento de ‘eu causei tudo isso’. Embora, ache que todos merecem uma segunda chance. Você ser irredutível aumenta meu suplício sim, mas não me toma as esperanças: vale à pena! Porque muitas coisas não têm mais graça, se não tenho você. Meus melhores dias serão seus, e os melhores consolos, desabafos, e conselhos, por que até conselhos seus eu segui. Pena não estar mais do meu lado, para me aconselhar essa última vez, precisa.

Dedicado: Carlos Felipe Azevedo